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Igreja católica in Rio Mau, Porto
> Igreja de São Cristóvão de Rio Mau Análise
Igreja de São Cristóvão de Rio Mau
Igreja Católica em Rio Mau, PortoAvaliações: 6 | Classificação geral: Perfeito
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Terrível |
R. Reitor Abreu 124, 4480-459 Rio Mau, Portugal
Avaliações

06/14/2020





A pequena igreja de Rio Mau tem sido uma das mais debatidas obras românicas do nosso país, pela qualidade e importância das realizações escultóricas que congrega. Quer o complexo programa iconográfico dos capitéis da cabeceira, quer as representações dos tímpanos dos três portais são manifestações maiores da nossa arte do século XII e princípios de XIII e a sua análise tem conferido ao monumento um estatuto singular no panorama da arte românica em Portugal.
O mosteiro já existia em 1103, estando dedicado a São Cristóvão, pelo que é de admitir que a sua fundação se tenha verificado nas derradeiras décadas do século XI, altura em que a liturgia romano-cluniacense entrou no antigo reino de Leão, substituindo as anteriores determinações hispânicas, com a consequente renovação de oragos e de cultos.
Os vestígios materiais mais antigos, todavia, não são de época tão recuada e estão catalogados a partir de 1151, ano em que o sacerdote Pedro Dias terá patrocinado a obra românica, de acordo com uma inscrição comemorativa do arranque dos trabalhos, localizada "no ângulo sudeste do interior da ábside" (MONTEIRO, ed. 1980, p.313). Desta primeira época data a cabeceira, verdadeira obra maior do nosso românico, apesar de, em termos volumétricos e planimétricos, não se afastar de muitas outras edificações modestas contemporâneas, de escassa altura, com dois tramos abobadados. Ela "ficou a dever-se a um artista que conhecia perfeitamente a escultura galega" (REAL e ALMEIDA, 1990, p.1488), facto que coloca esta obra em plena zona de expansão do românico do Alto Minho, constituindo, mesmo, o melhor exemplo desse vocabulário regional em terras a Sul do rio Lima.
O principal interesse desta parcela do edifício reside nos seus capitéis, que veiculam um programa iconográfico de difícil explicação e ainda longe de totalmente esclarecido. O que mais tem suscitado interesse por parte dos investigadores é o capitel do lado Sul do arco triunfal, decorado nas suas três faces: um jogral na frente voltada à nave; dois homens prendendo uma mulher na principal e uma mulher transportando uma figura com um bastão nas mãos na última. "Vários autores debruçaram-se sobre esta peça mas nenhuma das interpretações defendidas (...) se parece coadunar totalmente com a estrutura iconográfica do capitel" (BARROCA, 1992, p.118). Desde um episódio da Chanson de Roland, à evocação de São Cristóvão, passando pela alusão a um ataque viking (RODRIGUES, 1995, p.275) ou ao desastre de Badajoz de D. Afonso Henriques (OLIVEIRA, 1964), não foi ainda possível chegar a um consenso e, igualmente importante, uma leitura que se insira no conjunto iconográfico mais vasto.
A nave do templo e os seus três portais pertencem já a um momento posterior em relação à cabeceira. Carlos Alberto Ferreira de Almeida situou a conclusão dos trabalhos já no século XIII, pelas características do portal Sul (ALMEIDA, 2001, p.102) e aqui assinala-se uma alteração da orientação da empreitada, com a introdução de temas vincadamente beneditinos (REAL e ALMEIDA, 1990, p.1488). No tímpano do portal Norte existe a "única cena de luta representada num tímpano" românico português (FERRÍN GONZÁLEZ, 2002, p.170), um grifo e um dragão, numa provável alusão a Cristo contra Satanás (RODRIGUES, 1995, p.308). Mais importante é o tímpano do portal principal, onde se retratou um bispo (com báculo e a mão direita erguida, como que abençoando) ladeado por dois diáconos e pelos símbolos do Sol e da Lua, possível representação de Santo Agostinho, autor da Regra dos Cónegos Regrantes, a quem pertencia a obra.
Em 1443, o mosteiro foi extinto e anexo ao de São Simão da Junqueira. Com escassas obras ao longo da época moderna, e perdidas as dependências monásticas, só nos finais da década de 60 do século XX se procedeu ao seu restauro. O coro-alto, presumivelmente barroco, foi demolido em 1980, adquirindo o templo, então, o aspecto que mantém até hoje.
PAF

01/14/2020





Igreja Românica onde se vê que pertence à época em questão,
É de fácil roteiro para a encontrar mas não dispõe de roteiro para visitas interiores o que pode dificultar a sua visita.

12/14/2019





Pena estar fechada a visitas
Missionary Evangelical Church
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Church of Santa Cruz
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Church of Roge
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Church of Santa Teresa
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Parish Church of Massarelos

09/14/2019





É um monumento romana, muito linda

06/14/2018





Um excelente exemplar do românico, que é resultado de uma reedificação realizada em 1151.

06/14/2018





Igreja de São Cristóvão de Rio Mau
Situa-se na freguesia de Rio Mau, concelho de Vila do Conde. Como importante representante da arte românica, esta pequena igreja é tudo o que restou de um antigo mosteiro fundado no século XI.