Página inicial
>
Chancelaria do governo local in Fortunho, Vila Real
> União das Freguesias de São Tomé do Castelo e Justes Análise
União das Freguesias de São Tomé do Castelo e Justes
Chancelaria Do Governo Local em Fortunho, Vila Real
Largo da Igreja, 5000-731, Portugal
Não há comentários para União das Freguesias de São Tomé do Castelo e Justes. Aqui estão críticas de outros comentários.
★
★
★
★
☆
Antonio Matos Reis: Recordando Dona Aninhas com afecto
Quando em dias claros assomo à janela da casa onde agora habito, vejo ao longe as colinas que rodeiam o torrão onde vi a luz do dia e dei os primeiros passos, e onde decorreram os dez primeiros anos da minha vida. Fechando os olhos ao exterior e voltando-os para dentro de mim, ainda consigo rever algumas imagens luminosas desses tempos que agora se afiguram cada vez mais longínquos. Entre essas imagens, distingue-se, radiosa e sorridente, a da minha (e nossa) professora muito querida, a Dona Aninhas, ou, de nome completo, Dona Ana Rodrigues da Mota.
Em Fornelos, pelo menos na parte nascente da Freguesia, tradicionalmente dita “meia de cima”, toda a gente, que tem até uma certa idade, se lembrava e lembra com saudade da Dona Aninhas. Era na verdade uma pessoa excepcional.
Nascida em Rio Tinto, nas vizinhanças do Porto, em 4 de Outubro de 1898, depois de concluir o curso do Magistério, veio para a nossa freguesia e aqui ficou para o resto da vida, até falecer em 22 de Outubro de 1963. Solteira, durante muitos anos teve a companhia de uma irmã viúva, a D. Palmira, e de uma empregada doméstica, natural de Vila de Punhe, que se chamava Teresa (o nome da Santa da sua maior devoção, Santa Teresinha do Menino Jesus, cuja imagem encimava a sua campa). Vivia numa casa arrendada na Ponte Nova e ensinava na escola da Igreja (actual sede da Junta de Freguesia).
Todos os dias, de verão e de inverno, com sol ou com chuva, fazia a pé o trajecto que ia da sua residência até à escola. Normalmente seguia pelos caminhos da freguesia, mas quando chovia muito preferia a estrada.
Sabia ensinar como ninguém os seus mais de quarenta alunos distribuídos por quatro classes e amava-os tanto ou mais do que se fossem seus filhos. Depois das aulas (que incluíam a manhã e o começo da tarde), a partir do meio do ano, reunia os das últimas classes na sua casa, na segunda metade da tarde, de modo a prepará-los melhor (e gratuitamente) para os exames. A alguns, quando eram muito pobres, se não levassem nada para comer, ainda lhes dava o lanche.
Mas se amava os seus alunos, também eles a amaram e ficaram a amar para o resto da vida.
Por isso, foi com mágoa que viram a sepultura onde estavam depositadas as suas cinzas, no cemitério da freguesia, ser vandalizada e receberam depois a notícia de que tinha sido vendida a um particular pela Junta de Freguesia.
Também fiquei triste, muito triste. Que valem uns cêntimos resultantes da destruição daquilo que para nós é mais sagrado? Muito mais se esbanja por vezes em coisas nada ou pouco importantes.
Daqui faço um apelo à Junta de Freguesia e ao eventual interessado na aquisição da sepultura:
Mantenham a sepultura da D. Aninhas, restaurem o que já destruíram. Se for necessário, não faltará em Fornelos quem se quotize para obter o dinheiro necessário. Mas se tal for impossível, eu próprio me ofereço para arranjar a importância requerida.
Dona Aninhas, desculpa a ofensa que te fizeram. Fica a saber que em Fornelos ainda há muita gente que não te esqueceu e que mantém viva a tua imagem no seu coração.
Espero que os membros da Junta e da Assembleia de Freguesia de Fornelos não sejam tão insensíveis que não se interessem em a repôr como estava, ou melhor. Se o povo de Fornelos, por intermédio da Junta de Freguesia de então, lhe deu esta sepultura, porque razão lha haveriam de retirar? Assumir tal gesto seria o mesmo que arrasar o que de mais sagrado existe na nossa memória. Poderia um filho arrasar assim a sepultura dos pais, para vender o espaço por uns tostões? Pois, para muitos (centenas de) habitantes de Fornelos, D. Aninhas foi, além de tudo, uma mãe espiritual.
2015-06-15 14:45:08
Comentários recentes sobre outros lugares próximos União das Freguesias de São Tomé do Castelo e Justes
Eu entrei à procura de uma barra de som. O cavalheiro que me ajudou, não me lembro do seu primeiro nome mas o seu apelido era Perl, estava imediatamente disponível para me ajudar. Ele procurou um monte de coisas para mim, mostrou-me um monte de amostras e deixou-me fazer um milhão de perguntas. Ele era muito paciente, e muito conhecedor. Ele me fez saber das garantias e de todas as minhas opções. Ele tinha muita experiência que estava disposto a compartilhar comigo, e me convenceu do valor que o RC Willey tem na minha vida.
O tipo que trabalhava nos electrodomésticos assaltou-me com perguntas num tom rude que eu não gostei assim que entrei pela porta. Eu só estacionei e entrei para ver, chovi um pouco e esse cara me trata como se quisesse me tirar da loja. Estava muito mal e quase não comprei nada por causa disso. Eu não vim para ser apressado e interrogado, eu vim para procurar e encontrar coisas novas para conseguir. Outras pessoas que trabalhavam na loja tinham uma melhor atitude / habilidades pessoais. A loja tem uma vasta selecção de artigos mais simpáticos para a sua casa.
Deixe um comentário para União das Freguesias de São Tomé do Castelo e Justes