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Antonio Matos Reis: Recordando Dona Aninhas com afecto
Quando em dias claros assomo à janela da casa onde agora habito, vejo ao longe as colinas que rodeiam o torrão onde vi a luz do dia e dei os primeiros passos, e onde decorreram os dez primeiros anos da minha vida. Fechando os olhos ao exterior e voltando-os para dentro de mim, ainda consigo rever algumas imagens luminosas desses tempos que agora se afiguram cada vez mais longínquos. Entre essas imagens, distingue-se, radiosa e sorridente, a da minha (e nossa) professora muito querida, a Dona Aninhas, ou, de nome completo, Dona Ana Rodrigues da Mota.
Em Fornelos, pelo menos na parte nascente da Freguesia, tradicionalmente dita “meia de cima”, toda a gente, que tem até uma certa idade, se lembrava e lembra com saudade da Dona Aninhas. Era na verdade uma pessoa excepcional.
Nascida em Rio Tinto, nas vizinhanças do Porto, em 4 de Outubro de 1898, depois de concluir o curso do Magistério, veio para a nossa freguesia e aqui ficou para o resto da vida, até falecer em 22 de Outubro de 1963. Solteira, durante muitos anos teve a companhia de uma irmã viúva, a D. Palmira, e de uma empregada doméstica, natural de Vila de Punhe, que se chamava Teresa (o nome da Santa da sua maior devoção, Santa Teresinha do Menino Jesus, cuja imagem encimava a sua campa). Vivia numa casa arrendada na Ponte Nova e ensinava na escola da Igreja (actual sede da Junta de Freguesia).
Todos os dias, de verão e de inverno, com sol ou com chuva, fazia a pé o trajecto que ia da sua residência até à escola. Normalmente seguia pelos caminhos da freguesia, mas quando chovia muito preferia a estrada.
Sabia ensinar como ninguém os seus mais de quarenta alunos distribuídos por quatro classes e amava-os tanto ou mais do que se fossem seus filhos. Depois das aulas (que incluíam a manhã e o começo da tarde), a partir do meio do ano, reunia os das últimas classes na sua casa, na segunda metade da tarde, de modo a prepará-los melhor (e gratuitamente) para os exames. A alguns, quando eram muito pobres, se não levassem nada para comer, ainda lhes dava o lanche.
Mas se amava os seus alunos, também eles a amaram e ficaram a amar para o resto da vida.
Por isso, foi com mágoa que viram a sepultura onde estavam depositadas as suas cinzas, no cemitério da freguesia, ser vandalizada e receberam depois a notícia de que tinha sido vendida a um particular pela Junta de Freguesia.
Também fiquei triste, muito triste. Que valem uns cêntimos resultantes da destruição daquilo que para nós é mais sagrado? Muito mais se esbanja por vezes em coisas nada ou pouco importantes.
Daqui faço um apelo à Junta de Freguesia e ao eventual interessado na aquisição da sepultura:
Mantenham a sepultura da D. Aninhas, restaurem o que já destruíram. Se for necessário, não faltará em Fornelos quem se quotize para obter o dinheiro necessário. Mas se tal for impossível, eu próprio me ofereço para arranjar a importância requerida.
Dona Aninhas, desculpa a ofensa que te fizeram. Fica a saber que em Fornelos ainda há muita gente que não te esqueceu e que mantém viva a tua imagem no seu coração.
Espero que os membros da Junta e da Assembleia de Freguesia de Fornelos não sejam tão insensíveis que não se interessem em a repôr como estava, ou melhor. Se o povo de Fornelos, por intermédio da Junta de Freguesia de então, lhe deu esta sepultura, porque razão lha haveriam de retirar? Assumir tal gesto seria o mesmo que arrasar o que de mais sagrado existe na nossa memória. Poderia um filho arrasar assim a sepultura dos pais, para vender o espaço por uns tostões? Pois, para muitos (centenas de) habitantes de Fornelos, D. Aninhas foi, além de tudo, uma mãe espiritual.
2015-06-15 14:45:08
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Esta é a primeira vez que venho a esta loja em anos. Eles têm tantas coisas fantásticas, expostas em pequenas cabines. Eu estava à procura de uma pequena mesa de especialidades que serviria para uma função específica no meu escritório. A garota que me ajudou foi muito afiada e me ajudou a encontrar exatamente o que eu estava procurando. E o custo era muito pequeno. Sou uma acampadora feliz!
Fui comprar uma arca frigorífica na quarta-feira. A entrega estava marcada para quinta-feira. Liguei várias vezes porque a caixa de correio estava cheia e não pude deixar uma mensagem devido a uma caixa de correio cheia. Quando consegui entrar em contacto com eles (4 chamadas mais tarde) para marcar e esclarecer uma hora e fui informado que o motorista da entrega não estava e que o meu congelador não seria entregue até sexta-feira entre as 22h e as 14h. Depois de esperar o dia todo, decidi telefonar-lhes. Por causa da chuva eles não puderam entregar ainda ninguém sentiu a necessidade de me ligar e me informar sobre isso. Estou confuso porque a minha compra é suposto vir numa caixa e eu vivo literalmente a 7 minutos de distância, por isso não teriam ocorrido danos suficientes e, em segundo lugar, se oferecessem a entrega pensariam que teriam uma opção viável para entregar em qualquer tempo (menos o tempo de viagem inseguro). Eu tive que pedir o reembolso dessa compra e terei que esperar até que o dinheiro seja creditado no meu cartão antes que eu possa encontrar uma empresa mais confiável para comprar uma arca congeladora. Infelizmente com habilidades de comunicação a este nível, este lugar não vai durar muito tempo. Nenhuma consideração para com o cliente enquanto eu expressei muito claramente as limitações de tempo devido à minha agenda. Agora eu posso trabalhar um duplo com muito pouco sono E eu tenho que procurar outro freezer. Nem todos na empresa eu deveria ter perguntado se eles dariam uma ligação se tivessem que remarcar ou se tivessem uma forma realista de transporte durante o tempo inclemente.
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