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> Domingos Soares II (Burgos) Análise

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João Jaques: Em local ainda hoje ermo, a pequena ermida de Nossa Senhora da Orada impressiona pela relação (aparentemente estranha) de um templo cuidadosamente construído - e, até, de certo requinte arquitectónico e escultórico - e o carácter inóspito e isolado do local em que se implanta. Esta circunstância tem vindo a ser explicada à luz da santidade do lugar, que, na segunda metade do século XII, "seria já pólo de atracção e de dádivas que impulsionaram e ajudaram a sua construção" (ALMEIDA, 1986, p.56). O mesmo argumento estará na base do topónimo "Orada", local de oração e de romaria, cuja vitalidade chegou quase até aos nossos dias (ALMEIDA, 1987, p.180).
Para a qualidade da construção certamente terão contribuído os monges de Fiães, cenóbio vizinho, então ainda ligado à Ordem de Cluny, que terá mesmo patrocinado a edificação da ermida, conforme inscrição identificativa do prior daquele mosteiro (BARROCA, 2000, p.1232, insc. nº479). O projecto executado inclui-se nos derradeiros momentos do estilo românico, denotando já a recepção de alguns elementos góticos sendo evidente, nesse produto final, o contraste entre a relativa singeleza do plano e a exuberância e qualidade da decoração. Com efeito, a avaliação que a maioria dos nossos historiadores da arte fizeram deste monumento tem acentuado esta divergência, como Manuel Monteiro realçou há mais de meio século (MONTEIRO, 1941, republ. 1980, pp.280-281).
Arquitectonicamente, a ermida não se diferencia muito dos edifícios religiosos tardo-românicos inseridos em contextos rurais e periféricos, que se organizam a partir de dois rectângulos justapostos: a nave e a capela-mor, neste caso ambas cobertas com tecto de madeira, e arco triunfal quebrado.
A fachada principal, todavia, invalida essa avaliação imediata, na medida em que se apresenta como uma das realizações mais originais do nosso românico: o portal principal está inserido numa ampla moldura rectangular, definida superiormente por uma cornija suportada por modilhões e, lateralmente, por dois volumosos contrafortes, colocados frontalmente em relação ao alçado. Este sistema de contrafortagem é, aliás, o principal elemento construtivo de interesse, uma vez que, relacionando-se com estes esbarros da frontaria, outros dois existem que cintam as fachadas laterais, formando um conjunto que claramente pretendeu conferir maior monumentalidade e impacto visual à fachada principal.
Decorativamente, a Orada integra-se no grupo mais tardio da escultura românica do Alto Minho, um núcleo de templos tardios, em que a decoração começa a ser depurada e sóbria, por oposição à exuberância decorativa de influência galega das igrejas da viragem para o século XIII (Ganfei, Longos Vales e Friestas) (ROSAS, 1987).
Particularmente interessante é o tímpano do portal lateral Norte, cuja composição representa a Árvore da Vida, protegida por uma harpia e um grifo. De tradição persa e sassânida, este é um dos mais claros exemplos de influência oriental no nosso românico (RODRIGUES, 1995, p.224), chegada ao Alto Minho por vias ainda desconhecidas mas que poderão estar relacionadas com uma eventual ligação ao Languedoc (MONTEIRO, 1941) ou, mais natural, à Galiza (ROSAS, 1987, pp.60-63).
Monumento protogótico em algumas das suas soluções - em particular na organização e decoração do portal principal (ALMEIDA, 2001, p.90) -, a ermida da Orada está consensualmente datada dos meados do século XIII. Uma inscrição de 1245, associada ao portal lateral Sul, tem sido invocada como data aproximada da conclusão das obras, indicação aceitável face aos dados estilísticos da escultura e da arquitectura.
Com intervenções pontuais no século XVIII, responsáveis, entre outros acrescentos, pela destruição dos capitéis do arco triunfal, a ermida foi integralmente restaurada no final da década de 30 do século XX, numa campanha de que se salienta a regularização do adro, a substituição de pavimentos e o desentaipamento de algumas frestas originais.
2019-09-15 08:05:15
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